Vaticano, 12 de dez de 2021 às 14:16
Antes de rezar o Ângelus perante os fiéis reunidos na praça de São Pedro hoje, 12 de dezembro, terceiro domingo do Advento, o papa Francisco exortou a viver este “compromisso concreto” em preparação para a celebração do Natal, o nascimento do Senhor.
Francisco exortou cada um dos fiéis a se perguntarem “o que posso fazer concretamente nestes dias que estamos próximos ao Natal? Como posso fazer minha parte?”.
“Assumamos um compromisso concreto, ainda que pequeno, que se adapte à nossa realidade de vida, e procuremos concretizá-lo para nos prepararmos para este Natal”, disse.
O papa destacou como exemplo que “eu posso ligar para aquela pessoa sozinha, visitar aquele idoso ou aquele doente, fazer alguma coisa para servir um pobre, alguém necessitado”.
“Talvez eu tenha que pedir um perdão, ou dar em perdão, uma situação a esclarecer, uma dívida a pagar. Talvez eu tenha negligenciado a oração e depois de muito tempo é hora de me aproximar ao perdão do Senhor”, disse.
“Irmãos e irmãs, encontremos alguma coisa concreta e vamos realizá-la! Que nos ajude Nossa Senhora – disse o papa - em cujo ventre Deus se fez carne”.
O papa Francisco destacou que o Evangelho deste terceiro domingo do Advento, retirado do capítulo 3 do Evangelho segundo são Lucas, “apresenta vários grupos de pessoas - multidões, publicanos e soldados - que se emocionam com a pregação de João Batista e depois lhe perguntam: 'Que devemos fazer?'”.
"Que devemos fazer? Esta é a pergunta que eles fazem. Vamos parar por um momento nessa pergunta”, disse.
Esta pergunta, disse o papa, não surge “do sentido do dever”, mas “do coração tocado pelo Senhor, entusiasmado pela sua vinda que nos leva a dizer: Que devemos fazer? João diz: ‘O Senhor está perto’ - ‘Que devemos fazer?’”.
“Vamos dar um exemplo: sabemos que uma pessoa querida vem nos visitar. Esperamos por ela com alegria, com impaciência. Para recebê-la como se deve, vamos limpar a casa, preparar o melhor almoço possível, quem sabe um presente”, disse.
“Assim é com o Senhor, - disse o papa - a alegria pela sua vinda nos faz dizer: que devemos fazer? Mas Deus eleva esta pergunta ao nível mais alto: o que fazer da minha vida? Para que sou chamado? O que me realiza?”.
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“Ao sugerir esta pergunta, o Evangelho nos lembra uma coisa importante: a vida tem uma missão para nós. A vida não é sem sentido, não é deixada ao acaso. Não! É um dom que o Senhor nos dá, dizendo-nos: descubra quem és, e trabalhe para realizar o sonho que é a tua vida!”.
Francisco destacou que “cada um de nós - não o esqueçamos - é uma missão a ser cumprida. Portanto, não tenhamos medo de perguntar ao Senhor: o que devo fazer?”.
"Quando perguntado 'o que devemos fazer?', no Evangelho seguem as respostas de João Batista, que são diferentes para cada grupo", disse ele.
“João, de fato, recomenda a quem tem duas túnicas dividir com quem não tem; aos cobradores de impostos ele diz: ‘Não cobreis mais do que foi estabelecido’; e aos soldados: ‘Não tomeis à força dinheiro de ninguém, nem façais falsas acusações’”.
O papa Francisco destacou que “a cada um é dirigida uma palavra específica, que diz respeito à situação real de sua vida. Isso nos oferece um ensinamento precioso: a fé se encarna na vida concreta. Não é uma teoria abstrata”.
“A fé não é uma teoria abstrata e generalizada, ela toca a carne e transforma a vida de todos”.
“Pensemos na concretude de nossa fé. Eu, a minha fé: é algo abstrato ou concreto? Levo-a em frente no serviço aos outros?”, perguntou Francisco.
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— ACI Digital (@acidigital) December 12, 2021